nós somos um

17/02/2011

O bilhete

Andava em passo lento, em direcção onde tão misterioso bilhete me lavara. Não estava à espera de nada de especial. Desejava apenas que tu aparecesses, vindo de um lugar, do teu lugar. Olhei em redor, não te vi mas vi qualquer coisa. Vi a (minha) vida passar em slides cada um mais devagar que o outro e como fui pateta em acreditar que podíamos vir a ser um nós. A ser uma só pessoa. Foi aí que não me importei com mais nada. Chorei por lutar por te ter e tu nunca ficares a meu lado. Chorei por saber que nunca vais ser meu e que serás de outra. Corri, corri em direcção ao mar e mergulhei. Estava cansada de tanto amor, de tanto ódio, de tanta esperança e de tantos sonhos destruídos e inalcançáveis. Pensei em ti, e como seriamos se fosse nós. Estava cansada de lutar, afinal aquele era o meu lugar. Morrer por amor e por um sonho inalcançável não era a melhor forma de morrer, mas passou a ser uma possibilidade. Quando me lembrei que tinha de  voltar para respirar pensei se não seria melhor ser levada pelo oceano pacifico. Tu já não estavas comigo já não precisava de respirar. E por ultima vez sorri e prenunciei pausadamente o teu nome…



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