nós somos um

17/01/2012



ela não andava normal. qualquer coisa lhe proporcionava o choro. qualquer atitude a fazia explodir e ainda havia as famosas palavras 'tem calma'. ela travava uma vez mais o choro. de raiva, de tristeza, de ciúme. Ninguém percebia que ela só precisava de um abraço que lhe cobrisse a cara. Ninguém percebia que ela só precisava da atenção centrada nela. Ninguém entendia como qualquer critica a magoava e contribuia para a sua enorme revolta dentro de si. As palavras proferidas eram sempre que a rapariga se achava boa, que magoava os outros deprepósito que não tinha limites e muito menos respeito pelos que a rodeavam. Ela começou a ter medo. A ter medo de qualquer atitude, a ter medo de lutar. Ela começou a ter parvor de tudo o que se podia aproximar que não estivesse dentro da sua zona de conforto. As aventuras, a adrenalina, o novo passaram a ser como uma noite fria de inverno onde o medo se apodera de tudo o que é vivo. Ela sentia que o seu melhor não era suficiente. em tudo. tudo por onde passava lhe transmitia o sentimento de incapacitada. o desporto da sua vida, a escola, os pais, os amigos, o sexo oposto. tudo lhe dava um enorme NÃO.  O mais triste é que a menina começou a ter medo do que se estava a tornar. a rejeitar-se.

- se ele percebe? ele percebe mas dá muito trabalho preocupar-se.

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