nós somos um

22/03/2011

desculpa...

   Era noite breu e eles estavam os dois juntos. Apenas se conseguia perceber as indefinidas e deformadas formas de meros animais. Ele com um braço musculado e robusto puxava-a para ele e beijava-a. Ouvia-se sussurros de amor. Ele , gigante , pegava-lhe ao colo como mera pena branca de veludo e e beijava-lhe o peito, descia lentamente com os seus lábios meios e húmidos pelo umbigo, pelas suas ancas definidas.  Continuava sempre e beijava-la até ao útero  e subia lentamente no mesmo percurso. Beijou o  pescoço. Seguiu a meio dos seios repentinamente onde aí, já apenas beijava o queixo e fechando lentamente os olhos procurava a sua boca. Beijava-a lentamente. Bruscamente beijou-lhe o nariz e devagarinho, bem devarinho encostou a sua cara à testa dela.                     Continuou a beija-la nos olhos. Com mil beijos apaixonados chegou ao pescosso onde apenas cheirou e passou o seu nariz. Continuou a beija-la pelo ombro descendo vagarosamente pelo braço, pela mão. Pegou num dos seus dedos perfeitos e colocou um anel muito brilhante. Dourado. No fundo, apenas se via uma luz cintilante, o anel. Ela não disse nada e ele continou a beijar-lhe a perna, um beijo suave e beijou o joelho e o pé. Deitou-a a seu colo e permaneceram juntos a noite inteira. Como seres únicos. Como seres possuídos. Como seres apaixonados.
(…)
       Avistou-se uma sombra a deixar o lugar, e levara consigo o anel. Apenas me consegui aperceer que era o anel porque brilhava mais que qualquer objecto.
    Largou-o e deitou-o ao mar sussurando baixinho… desculpa… continuo amarte.

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