nós somos um

25/11/2011



Contava duas horas que ali permanecia. Sem qualquer movimento brusco ou qualquer ruído incomodativo. O silêncio era tanto que quase que jurava que os soluçõs das lágrimas a trespassarem-me o rosto me gritavam aos ovidos. estava petrificada a pensar um pouco em nada e as lágrimas teimavam em inundar-me o rosto e o silêncio apoderava-se mais um pouco de mim. eu não sabia a razão daquele estado peneroso ou se sabia nem queria admiti-lo. eu não queria estar ali, assim. não queria, mas a dor e os automáticos pensamentos do suicido controlavam-me a mente, o corpo. então, para evitar qualquer acto desesperado que um dia me viesse a arrepender fiquei ali. agarrei-me à almofada e respirei fundo. tentativa falhada pois os sobressaltos do antigo corpo em sintonia um com o outro estavam a falhar. a unica coisa que conseguia sair dali, daquele corpo contraditório, corpo indignado que se questiona a tempo inteiro sobre a sua existencia, eram batidas descompassadas e suspiros cortados pela angustia. Foi então inclinei ligeiramente a cabeça para o lado esquerdo onde encontrei a antiga comoda de madeira onde estava pousado sobre um livro de mesa uma tesoura de pontas que utilizara no dia anterior para cortar a etiqueta de uma camisola. eu não sabia o que estava a fazer, nem o queria fazer. foi então que pressionei o bico contra o meu pulso e a seguir ao outro. Dei-me conta 5 minutos depois que estava a pensar em suicidar-me. Pousei a tesoura e rodeava-me com sangue. algum. não muito. A comida que tinha ingerido com os suluços estavam no fundo da sanita. pouco tinha dentro de mim. começei a cambalear na cama e deitei levemente a cabeça na almofada. As lágrimas tinham parados, a respiração já não era ofegante e as batidas eram controladas. Poucos segundos depois o sono apoderara-se de mim tal como o dia se apodorou da noite a morte de mim.
- obrigada estrela. por me receberes de braços abertos. meu querido céu. meu delicioso ar de criança. meu mágico paraiso.

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