nós somos um

04/07/2011

filosofia


Sinto-me numa fase esquisita. Percebi que ele nunca me curou, que não estou curada nem nunca vou ficar. As feridas ainda ardem, agora sinto isso mais do que nunca. Não de uma forma tão intensa e insuportável, mas ardem. Aprendi que ninguém pode curar uma ferida que não foi feita por si. Pode tratar dela, ajuda-la ao máximo a sarar. Pode protege-la, mas ela não sara. Ao longo desde últimos meses sei que sofri. Sei que magoei muitas gente que acima de tudo me magoei e desiludi a mim própria, mas ensinou-me a crescer, ensinou-me que a vida tem de tudo, bom e mau, mas é isso que nos prepara para a verdadeira batalha. O real sofrimento. A real dor. Perdi muitas coisas, a confiança de muitas pessoas o afecto e carinho. Mas pior do que isso, perdi o meu verdadeiro sonho e creio que essa é a ferida que ainda mais arde, que ainda permanece e que jamais será. Não me considero uma coitadinha porque tenho pessoas a meu lado que eu sei que se preocupam que se interessam. Sei que  não estou sozinha. Tenho saudades da pessoa que mais me protegeu, que me fez sentir bem quando fazia asneira. É verdade que tenho muitas, muitas saudades mas sei que é passado que as coisas acabaram e que tudo o que haveria para acontecer, já aconteceu e já teve o seu tempo. Acho que tudo ainda é muito recente para mim porque quando se fala em todos os acontecimentos neste ultimo ano eu ainda quero chorar, desaparecer. Se a minha vida é boa? É fantástica. È fantástica porque não tenho fome, porque não tenho sede. Tenho amor e carinho. Tenho constantes demonstrações de afecto. Sei o que querem dizer as palavras, os sentimentos abstractos. Tenho amigas. Tive um namorado que sei que gostou de mim. Ninguém mais próximo morreu. O meu pais não está constantemente em guerra. Tenho todos os bens matérias que preciso. Não estou a dizer que os problemas não doem, mas comparados a uma morte de uma mãe, à fome, à guerra o que é um sofrimento de amores ou um sonho destruído? É esta a minha filosofia de vida. É nisto que eu digo que cresci.

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